13 de janeiro de 2006

Depressão

Porque a depressão pode surgir em qualquer um de nós, é importante compreender um pouco este problema (não gosto de lhe chamar "doença"). E porque , às vezes quem nos rodeia, só agrava, intencionalmente, o mal estar em que nos encontramos...

A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais frequentes e pensa-se que cerca de uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens, podem vir a ter crises depressivas durante a vida desde a juventude até à terceira idade. O seu diagnóstico passa muitas vezes despercebido, quer por falta de reconhecimento da depressão como doença, quer porque os seus sintomas são atribuídos a outras causas (doenças físicas, stress, etc.).

A depressão é uma perturbação do humor que não deve ser confundida com sentimentos de alguma tristeza (o «estar em baixo» ou «desmoralizado»), geralmente reactivos a acontecimentos da vida, que passam com o tempo e que, geralmente, não impedem a pessoa de ter uma vida normal. Na depressão, os sintomas tendem a persistir durante certo tempo e podem incluir, em arranjos variáveis, os seguintes:

. Sentimentos de tristeza, vazio e aborrecimento;

· Sensações de irritabilidade, tensão ou agitação;

· Sensações de aflição, preocupação com tudo, receios infundados, insegurança e medos;

· Diminuição da energia, fadiga e lentidão;

· Perda de interesse e prazer nas actividades diárias;

· Perturbação do apetite, do sono, do desejo sexual e variações significativas do peso;

· Pessimismo e perda de esperança;

· Sentimentos de culpa, de auto-desvalorização e ruína, que podem atingir uma dimensão delirante;

· Alterações da concentração, memória e raciocínio;

· Sintomas físicos não devidos a outra doença (ex. dores de cabeça, perturbações digestivas, dor crónica, mal-estar geral);

· Ideias de morte e tentativas de suicídio.

Estes sintomas perturbam significativamente o rendimento no trabalho, a vida familiar e o simples existir do doente, que sofre intensamente.

Existe uma predisposição hereditária para alguns tipos de depressão, embora não se conheçam ainda as formas precisas dessa transmissão. Os conhecimentos actuais da ciência, permitem evidenciar a existência de alterações em algumas substâncias cerebrais (neurotransmissores), na depressão. Os acontecimentos traumáticos da vida contribuem também para o aparecimento da depressão. Problemas familiares, o stress diário, a morte de alguém próximo, as doenças, uma crise financeira, conflitos prolongados, podem funcionar como desencadeantes ou facilitadores de episódios depressivos. O tipo de personalidade e o estilo do indivíduo para lidar com a vida, podem também correlacionar-se com uma maior predisposicção para crises depressivas.

Infelizmente, a doença depressiva, não sendo reconhecida pelo próprio, como doença, nem diagnosticada pelo médico, presta-se a que outros, incluindo a famíia desvalorizem o(a) doente como «fraco», «incapaz», «preguiçoso» e até «maluco». A imagem pessoal, a auto-estima, que já estão diminuidas pela doença, agravam-se ainda mais, devido a essa injusta apreciação das dificuldades impostas pela depressão. Críticas como a de que o doente não tem «força de vontade» e de que o que necessita é de se «distrair e não pensar tanto», nada resolvem, aumentando a culpa e os sentimentos negativos existentes.

Para quem quiser saber um pouco mais, aqui está o link de onde este texto foi retirado.

1 comentário:

Anónimo disse...

Catarina, é a Sara amiga do Zé e do André (ex). Passei por aki por curiosidade e gostei mt e era bom q todas as pessoas estivessem alertas p estas questões da depressão, pk normal/ as coisas psicológicas sao desvalorizadas e dp agravam-se e é mt prejudicial tanto p a pessoa cm p os q a rodeiam. Gostei mt do q li. Continua. Mts felicidades SINCERAS e nada de depressões. Beijinhos. Sara