6 de maio de 2006

Semana de Queima das Fitas

Começa já hoje... a minha última (espero eu!!) semana de Queima das Fitas como estudante do ensino superior. Até entro numa maré de nostalgia só de pensar nisso. Para o ano já terei de assistir a toda esta comemoração do lado de fora. Mas este ano, o derradeiro, não vou deixar de aproveitar estes dias. Missa de Benção das Pastas, Imposição, Cortejo... eu vou estar lá :-))) quem sabe banhada em lágrimas. Nas noites já não conto com lágrimas mas sim com muito álcool e música à mistura. Deixo aqui a notícia publicada hoje pelo jornal "O Primeiro de Janeiro" que, entre outros assuntos, conta a história da Queima das Fitas.

“Queima não é só concertos”

"Herman José e Melanie C são os dois principais nomes da Queima das Fitas deste ano. Os espectáculos e o Cortejo vão mexer com a cidade, mas a Queima é mais do que isso. Serenata e bênção das pastas são momentos altos.

Marta Araújo

Arranca hoje com a Serenata um conjunto de oito dias em que a comunidade académica da Invicta, que engloba, este ano, a participação de todas as instituições de ensino superior da Área Metropolitana do Porto, tem oportunidade de esquecer as cadeiras, os apontamentos, as frequências, os exames e afins preocupações académicas. Durante aquele período de tempo só dá diversão, convívio, alegria, música e as tão famosas «barraquinhas». Trata-se de mais uma edição da Queima das Fitas que conta, este ano, com a participação de, entre outros, Melanie C, Orishas e Herman José. O evento conta com a organização da Federação Académica do Porto e apoio da Câmara Municipal do Porto, com apoio, entre outros da STCP.

”Uma festa da cidade”

Ao longo dos anos, a Queima deixou de ser apenas uma festa dos estudantes. Pelo menos esta é uma das principais ideias defendidas pelo presidente da FAP, Pedro Barrias, que destaca que “esta é cada vez mais uma festa da cidade”. Aquele responsável recorda que “a Queima não se resume aos concertos” e que existem inúmeras actividades académicas durante essa semana. Este ano, a missa de Bênção das Pastas realiza-se no Estádio do Dragão e, dia 9, o Cortejo Académico das terças-feiras de queima, que enche de cor as ruas da cidade do Porto, termina em frente à Câmara. A pré-venda de bilhetes para as Noites da Queima iniciou-se já na passada terça-feira, na sede da FAP e em várias instituições de Ensino Superior do Porto. A venda de bilhetes no Queimódromo começou anteontem. De acordo com aquilo que foi possível apurar a venda dos bilhetes está a decorrer “dentro da normalidade”, ou seja, “com bastante adesão por parte da comunidade académica”, segundo garantiu Pedro Barrias.

A mudança

Depois de durante muitos anos as noites da Queima das Fitas do Porto se terem realizado nos jardins do Palácio de Cristal, as mesmas mudaram-se, em 1998, para o recinto da antiga feira popular, passando assim a dispor de um espaço amplo para a realização do evento com maior impacto da Queima das Fitas do Porto.No ano transacto o número médio de pessoas por noite superou as 40 mil, número este que a organização espera que seja engordado, não apenas pelo normal crescimento das Associações Federadas na Federação Académica do Porto, mas também porque serão convidadas, sem excepção, todas as instituições de Ensino Superior da Área Metropolitana do Porto, o que provocará, à partida, um grande acréscimo no número de participantes e “solidificará a ideia e realidade de uma Academia unida”, referiu o mesmo responsável.

Muita animação

Pedro Barrias explica que são vários os pontos de interesse: “para além da animação provocada pela afluência de grande número de pessoas, existem também as célebres barraquinhas das várias faculdades, escolas e institutos e dos seus vários cursos, restaurantes, bares, uma majestosa discoteca e, obviamente, os concertos, que são o ponto alto de cada noite”. Destaque-se que nos concertos participaram já bandas de renome como Xutos e Pontapés, GNR, Delfins, Quinta do Bill, Amarguinhas, Táxi, Rui Veloso, Pedro Abrunhosa & os Bandemónio, Gene Loves Jezebel, entre outros.A Federação Académica do Porto pretende também criar novos espaços de lazer e proceder a uma maior aposta na restauração, conseguindo assim prestar mais e melhores serviços às dezenas de milhares de estudantes que diariamente frequentam o Queimódromo.

A história

A história da Queima das Fitas no Porto não é muito mais recente que a de Coimbra, que se iniciou em 1919, pois já em 1920, os finalistas de Medicina da Universidade do Porto faziam a chamada «Festa da Pasta», que é considerada a origem da Queima das Fitas do Porto. A «Festa da Pasta» era um evento, com um grande espírito académico, que comemorava a passagem da pasta dos estudantes que estavam a terminar o seu curso, os quintanistas, aos que entravam na recta final, os quartanistas. Juntamente com a passagem da pasta era imposto o grelo aos quartanistas. Ao longo dos anos a «Festa da Pasta» foi-se difundindo pelas diversas faculdades da Universidade do Porto, sendo que cada faculdade tinha a sua própria festa. As diversas «Festa da Pasta» realizaram-se ininterruptamente até 1943, ano a partir do qual passou a haver uma só para todas as faculdades. Nesse mesmo ano de 1943, começou-se a usar o nome de Queima das Fitas, paralelamente ao de «Festa da Pasta», tendo-se realizado no ano seguinte, em 1944, ainda integrado nestas comemorações, a primeira Missa da Benção das Pastas, na Igreja dos Clérigos. Em 1945, a expressão «Festa da Pasta» é abandonada totalmente e é a partir desta data que passa a existir a «Queima das Fitas do Porto». Até 1971, de uma forma natural, a «Queima das Fitas do Porto» vai evoluindo. Em Coimbra a Queima realiza-se até em 1968, desaparecendo em 1969 no seguimento de todas as convulsões políticas de então. No Porto, a Queima das Fitas só se deixa de realizar a partir de 1971. Em 1978 a Queima das Fitas ressurge no Porto, com a designação de Mini-Queima e consistiu num cortejo, o que gerou alguma polémica e contestação em vários quadrantes da sociedade por considerarem que esta era uma iniciativa reaccionária. No ano seguinte, em 1979, foi feita uma tentativa mais alargada de organização de Queima das Fitas, tendo havido duas comissões organizadoras. No entanto, só uma delas teve sucesso.A partir daí, a Queima das Fitas do Porto começou a tomar os moldes que actualmente conhecemos, com inúmeras actividades desde a Serenata, ao Cortejo, passando pelas Noites, concerto Promenade, Festival Ibérico de Tunas Académicas, Sarau Cultural… Esta evolução ao longo dos últimos 20 anos fez com que a Queima das Fitas deixasse de ser uma festa restrita aos estudantes para passar a ser a segunda maior festa da cidade do Porto e a maior festa Académica do País.

Boa Queima para todos os meus amigos!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Tu sabes muito bem que nunca uma Queima me custou tanto a passar como esta!

No entanto, e por pessoas minhas amigas como tu, vou-me divertir e estar no meu melhor!
Vou-vos acompanhar no Cortejo e estar a torcer por vocês!
Vou-vos levar a casa depois das bebedeiras!

Enfim... vou ser o amigo que sempre fui. No melhor e no pior... Para o melhor e para o pior...