Hoje estou simplesmente petrificada. Ontem ao sair de casa para um passeio deparei-me com polícia e bombeiros na área envolvente ao local onde vivo. Segundo alguns remores alguém tinha caído a um poço numa obra embargada há já muitos anos, que tem como principais funções prostituição e toxicodependência. Prossegui o meu caminho e ao voltar a casa tudo parecia continuar na mesma. Hoje, ao sair de casa deparo-me com a notícia de marcava a capa do Jornal de Notícias:
"Travesti assassinado por grupo de jovens"
"Um grupo de doze adolescentes, com idades entre os 10 e os 16 anos, é suspeito de ter espancado até à morte um homem, aparentando 35 anos, travesti, sem-abrigo e toxicodependente. Os menores terão posteriormente lançado o cadáver para um fosso com cerca de dez metros de profundidade no piso subterrâneo de um parque de estacionamento na Avenida Fernão Magalhães (Porto). O crime terá acontecido no fim-de-semana passado, mas o corpo da vítima só foi encontrado ontem. A Polícia Judiciária já identificou os rapazes, que são hoje ouvidos no Tribunal de Família e Menores do Porto. Ao que o JN apurou, os suspeitos são internos das Oficinas de S. José - instituição que acolhe crianças e jovens em risco -, conheciam o travesti e costumavam provocá-lo. No dia do crime, terão agredido a vítima a soco e pontapé e com pedras. O JN sabe ainda que um dos jovens terá confessado tudo a um docente. O alerta para o cadáver foi dado, ao início da tarde de ontem, através do 112. Quando Albino Ribeiro, mergulhador do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, desceu ao fundo do fosso, com cerca de três metros de água, deparou-se com o corpo a boiar de bruços, com as calças desapertadas e baixadas. De acordo com o mergulhador, a vítima tinha escoriações nas nádegas. Os sinais de decomposição do cadáver indiciavam que o homem teria morrido há dois ou três dias.O buraco onde o sem-abrigo foi encontrado encontra-se na cave de um edifício inacabado há vários anos, junto ao Hotel Vila Galé. Parte da estrutura serve de parque de estacionamento e de local para prostituição e toxicodependência. De resto, nos recantos do imóvel eram visíveis preservativos e seringas entre o lixo espalhado. O prédio não passa de um esqueleto de cimento, com os alicerces à mostra, paredes cheias de grafitos e barras de metal a servir de vedação. A passagem para a cave, onde está o enorme fosso sem qualquer tipo de protecção, só é possível a pé, por um caminho de difícil acesso, o que complicou a operação de resgate que demorou cerca de cinco horas. Os bombeiros depararam-se ainda com outras contrariedades o terreno irregular e escorregadio em volta do poço complicou a operação e a falta de luz no local obrigou ao recurso a um gerador. O mergulhador teve de descer ao poço com a ajuda de uma corda suspensa num tripé montado sobre o buraco. "
Estou simplesmente sem palavras, nunca pensei que tal coisa pudesse ocorrer a escassos metros da minha residência. Ao que já chega a violência. Enfim... mais uma história triste na nossa sociedade! Pode ser que agora alguém se lembre desta obra embargada... onde histórias de violência já se contavam muitas... até chegar a 1ª história de um assassinato!
2 comentários:
Catarina, acredita q o pior n é a obra embargada, nem ser na nossa sociedade.... o pior p mim é conhecer a Instituição de onde são estes miúdos e conhecer alguns miúdos de lá bem de perto... e n saber se estão implicados neste horror....
Mas uma coisa tb posso deixar aki, por experiência pp e por ter convivido c eles durante um ano, são miúdos revoltados, alguns abandonados, c histórias de vida mt pesadas p tão pouca idade, tanto sofrimento q eles passam... e n é só na história de vida, m tb na pp instituição q devia ser de ACOLHIMENTO...aqui nem entro em pormenores senão ficavas xocada...
Pode ser q agora comecem a olhar melhor p estas instituições e principal/ p estas crianças e jovens.
Temos tb de ver o lado deles...
Mas fico por aqui...tb estou mt xocada c esta história....espero q nao se repitam histórias assim...
Nada justifica tanta crueldade....
Enviar um comentário