7 de fevereiro de 2006

Em 2001 (cont.)...

A que castigos somos sujeitos! Ignoramos a realidade, somos alertados por quem nos quer bem mas nem isso adianta. E só quando somos mesmo atingidos e nos aparece aquela dor tão profunda é que percebemos o que estava errado e que aquilo era mesmo a realidade e não um pesadelo criado por nós. E agora? Não se pode fugir, da realidade não se pode fugir, apenas encará-la e mostrar que também podemos ser fortes. O mais difícil é superá-la. Por vezes atitudes exteriores de muita força mostram uma fragilidade interior incrível. Uma fragilidade tão grande que mete medo. Por isso deve-se avançar devagar, sem pensar no que ainda está para vir, com passos fortes e seguros e se for preciso retroceder um bocado para que esse caminho seja mais seguro, assim seja porque tudo muda de um momento para o outro e nós temos de estar preparados para superar essas mudanças. E se não estamos? Caímos novamente no mesmo erro, voltamos a não nos conformar com a realidade? É o mais natural porque a ferida não sarou, e como toda a ferida, quando não sara continua lá, e continua a doer. Quando as feridas continuam abertas acabamos por aceitar aquela dor, tal como antes já acontecera mas há sempre algo que mudou. Pode ser algo muito pequeno ou bastante significativo. O tamanho não interessa, o que interessa é que saibamos reconhecer essas pequenas mudanças e dar-lhes o devido valor dentro da construção de nós próprios.

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