17 de janeiro de 2006

O Crime do Padre Amaro

Finalmente tive a oportunidade de ver este filme (aqueles que me rodeiam, sabem à kto tempo já ansiava poder fazê-lo!!). Para postar como deve ser, tenho de começar pelo início. Este filme trata-se de uma adaptação aos tempos modernos do romance que Eça de Queirós mais estimou e corrigiu ao longo de sua vida. Esta obra foi publicada pela primeira vez na Revista Ocidental, em 1875. Após ler um breve resumo da obra original, deparei-me que romance e filme pouco têm em comum, tratando-se mesmo de uma grande adaptação da obra original. Assim, kto ao filme, a maior parte da acção situa-se num bairro social da cidade de Lisboa (na obra, o romance desenrola-se na cidade de Leiria!). Amaro é um jovem padre, recém-chegado que vem para o bairro para substituir o falecido pároco José Miguéis. À medida que se vai integrando, é confrontado com a descrença dos habitantes, que por motivos vários se afastaram da igreja, estando pouco receptivos à palavra de Deus e aos valores religiosos. No decorrer da luta que trava para os recuperar, Amaro vai cruzar-se com Amélia, a personificação do desejo carnal, que irá fazê-lo questionar a sua vocação, provocando-lhe um grande conflito interior: por um lado quer cumprir os votos do celibato, mas por outro não se mostra capaz de resistir ao apelo do sexo, acabando por cair em tentação. Entretanto, Amélia fica grávida, situação que, naturalmente, acarreta graves consequências para a vida sacerdotal de Amaro. Claro está, como é previsível, em qualquer romance, que Amélia não demorará a ter um destino trágico...O final do filme, é na sua totalidade diferente do final escrito por Eça de Queirós. Esta obra já está na lista para os meus livros de mesa-de-cabeceira, e só daki a algum tempo puderei deixar algo mais concreto por aki. Para já, recomendo este filme a todos os que ainda não viram (para os mais púdicos, não tem assim tanto sexo, kto se diz por aí!) mas agora terão de esperar pelo dvd, uma vez k ontem foi o último dia de exibição. E acho k o meu gosto não está assim tão mau, não fosse este o filme mais visto até hoje na história do cinema português.

Sem comentários: